Política

Programa de recuperação de cisternas da FLEM beneficia 200 famílias do semiárido baiano

A criação de um programa de apoio ao aproveitamento eficiente da água pluvial comunga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU para proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam ter qualidade de vida e prosperidade. 

Divulgação
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A Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), em parceria com a Cooperativa de Trabalho, Assessoria Técnica e Educacional para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Cootraf-Bahia), iniciou em dezembro de 2022 o projeto piloto do Programa Mais Água Boa, que visa prover o manejo e melhoria da qualidade da água. Nesta primeira etapa, o trabalho que está sendo realizado na zona rural é a revitalização de cisternas de placa deterioradas. Mais de 180 cisternas que apresentavam ineficiência no armazenamento da água, dos 200 contemplados pelo programa, já foram restaurados até o presente momento.

A ação consiste na instalação de um sistema de impermeabilização em cisternas com rachaduras, para evitar perda significativa da água e possíveis contaminações favorecidas pela ineficiência da cisterna. A cisterna de placa é revestida 
internamente com bolsões produzidos em material atóxico e fixados por soldagem de alta frequência, garantindo um reservatório seguro para conter a água, recurso fundamental para a população do semiárido.  

De acordo com o presidente da FLEM, Rodrigo Hita, esse é apenas o primeiro passo do Mais Água Boa, que visa garantir o provimento "desse recurso essencial à vida". "Para essas famílias, as cisternas são não só fundamentais, como também o 
bem mais precioso que elas têm, porque ali está a sobrevivência delas, a água para beber, para cozinhar, a tranquilidade de produzir alimentos mesmo em épocas de estiagem", explica. 

A Bahia possui quase 70% do seu território em área de clima semiárido, com chuvas irregulares e onde a maior parte da população é de agricultores e agricultoras familiares. A captação e o armazenamento da água pluvial é uma solução rápida e segura que supre a deficiência do recurso nessas regiões e possibilita às famílias a convivência com a seca, evitando o êxodo rural. 

O diretor-presidente da Cootraf, Edgar Filho, ressalta que as cisternas de consumo humano chegaram para revolucionar o semiárido. "Ela dá dignidade às nossas famílias de agricultores e agricultoras familiares, trazendo água com uma 
melhor qualidade para o nosso sertão. Ver o resultado desse trabalho de recuperação dos equipamentos com uma nova tecnologia é muito gratificante, porque está nos olhos de cada um dos beneficiados a alegria da segurança de estar abastecido para enfrentar os períodos de seca. Só entende a grandeza dessa ação, quem já enfrentou as dificuldades de viver com pouca ou até sem água, percorrendo quilômetros para buscar um balde, ao menos para o básico", 
diz.

O projeto piloto atende às comunidades dos municípios de Caculé, Caetité, Ibiassucê, Palmas de Monte Alto, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Campo Alegre de Lourdes.

Programa Mais Água Boa

A criação de um programa de apoio ao aproveitamento eficiente da água pluvial comunga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU para proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam ter qualidade de vida e prosperidade. 

O Programa Mais Água Boa nasce com a missão de cumprir importantes estratégias, tanto no meio rural, atuando na revitalização de cisternas, instalação de equipamento de desinfecção solar da água e instalação de filtros, e também no 
meio urbano, realizando a instalação de equipamento inovador para o aproveitamento e tratamento de águas pluviais e implementação de sistema de infiltração promovendo a gestão inteligente das águas pluviais.