BRASÍLIA – A derrota do governo na votação dos destaques da reforma da Previdência no Senado na terça-feira, que custará R$ 76,4 bilhões em dez anos aos cofres públicos, foi um duro recado ao Palácio do Planalto. Os parlamentares sinalizaram que, para aprovar temas de interesse do governo naquela Casa, querem mais atenção à distribuição de verbas para os estados e à liberação de recursos de emendas.
A aprovação do destaque que mantém a regra atual do abono salarial pegou de surpresa a equipe econômica e os líderes governistas. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), avalia que a Casa quis deixar a sua identidade na reforma da Previdência:
— O tema do abono era muito caro aos senadores. E o Senado quis deixar a sua identidade, a sua marca no texto. Não conseguimos manter porque não havia ambiente. Além do ciúme da Câmara, havia demandas não atendidas.
O Globo/// Figueiredo