O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Gesivaldo Brito, disse na manhã desta terça-feira, 20, que não vê constrangimento no recebimento do auxílio-moradia por magistrados visto que é lei e que representantes do Executivo e Legislativo também o recebem. O valor do auxílio-moradia é de R$4,3 mil. No caso do Executivo é o dobro, assinalou.
Gesivaldo Brito defendeu, ainda, que ao invés de se dar auxílio-moradia, se deveria aumentar o salário do magistrado, congelado já mais de 10 anos.
O recebimento do auxílio-moradia será discutido no STF no mês que vêm e a polêmica em torno do assunto diz respeito sobre quem deve receber o benefício: quem tem residência na cidade onde trabalha ou quem está em trânsito.
A discussão ganhou força após a divulgação que o juiz Marcelo Bretas, que cuida da Operação Lava Jato no Rio, e a esposa dele recebem cada um um auxílio-moradia.
Caixa preta
O presidente do TJ disse em coletiva, que a imprensa de forma equivocada costuma dizer que o Judiciário é uma caixa preta. "A Justiça é uma caixa aberta para todos os lados", mas, assinalou que pelo exercício da função, juízes e desembargadores requerem discrição e recolhimento.
"O poder judiciário é aberto por que assim deve ser. Nos recebemos salários coletados por impostos pagos por todos nós".
O desembargador falou a imprensa na manhã desta terça-feira, 20, logo após a inauguração do salão nobre da Unicorp, restaurado.
Gesivaldo disse, ainda, que chegou a comentar com o governador Rui Costa (PT) que "é mais fácil administrar o estado do que o Judiciário".
Fonte: A tarde // AO