O presidente do sindicato dos rodoviário, Fábio Primo, rebateu o secretário de mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, que entende a atuação da prefeitura como um mero ajudante nas negociações. Em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Salvador FM, o representante da classe disse, nesta quarta-feira (4), que o Executivo precisa ser mais atuante.
“Hoje eles querem tirar o braço da seringa. Quem foi que fez intervenção na CSN? Ainda o prefeito era ACM Neto, em 2020. E quem foi que decretou caducidade na CSN? Foi Bruno Reis, depois de 4 meses de assumir sua gestão, mesmo a gente do sindicato tendo sido aconselhado o contrário. O último contracheque de funcionário da CSN quem pagou foi a prefeitura, então, eles podem fazer sim. Estamos querendo debater o contrato CSN-REDA, e precisamos falar com a prefeitura para isso”, opinou.
Já o secretário de mobilidade, também em entrevista ao programa da Salvador FM, se exime de tal responsabilidade. "Trata-se de uma negociação privada, entre funcionários de uma empresa e seus empregadores. Essa negociação é entre os dois. A prefeitura atua apenas como uma mediadora e facilitadora. Estamos à disposição para evitar que essa questão avance e afete nossa população", defendeu.
Pedidos:
Primo ainda explica quais motivos levaram o grupo a iniciar a paralisação e ameaçar a realização de uma possível greve.
"A gente tentou negociar todo o mês de Abril, sem exercer nenhuma paralisação ou greve. Na nossa última mesa de conversa os empresários fizeram uma contraproposta que não previa reajuste salarial. A gente pede que cubra a inflação mais 5% de ganho real”
Não só a questão salarial insatisfaz os rodoviários, também é firmado posição contra o fim dos cobradores em Salvador e ainda é pedido que acabem as compensações de hora