O presidente do PTB na Bahia, Gean Prates, afirmou que conversou com o ex-deputado Roberto Jefferson antes da sua prisão no último domingo (23), quando resistiu e disparou 20 tiros de fuzil e arremessou granadas contra policiais federais que cumpriam mandado judicial.
Ao Portal Salvador FM, Prates revelou que Jefferson já tinha contado que não pretendia se entregar à polícia. Preso em regime domiciliar por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele teve prisão preventiva decretada após xingar a ministra Cármen Lúcia.
O líder do partido de Roberto Jefferson na Bahia considera o condenado no Mensalão como um "preso político", e que ele considera a sua prisão como "injusta'. No ataque, Jefferson feriu dois policiais, que ainda têm estilhaços espalhados no quadril e no rosto.
"O posicionamento assumido por Roberto, apesar de condenável, é facilmente compreendido dada a situação em que ele vive. Está na indecorosa condição de preso político, preso preventivamente por crimes que não comportam pensas de prisão […] converso com ele sempre, ele disse que não suportava mais e que na casa dele entrariam convidados, jamais mandados de prisão por algo que considera injusto", relatou.
Gean explica ainda que o desfecho poderia ter sido ainda mais trágico caso o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) não estivesse acompanhado da esposa.
"Graças a Deus ele estava acompanhado da esposa. Se tivesse sozinho, não tenho dúvidas que resistira até o fim […] ele me falou que não se submeteria a esses imperativos e de algo que considera profundamente injusto", assegura o petebista baiano.
No estado, o PTB apoia a candidatura de ACM Neto (UB) ao governo estadual. Gean Prates foi nomeado em julho presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos (Arsal). Na época, o próprio prefeito Bruno Reis (UB) ressaltou que o gesto representava o "compromisso" entre o partido e a base de apoio a ACM Neto.