A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, afirmou em entrevista na última terça-feira (8) que esta será a eleição mais difícil do partido nos últimos tempos, sob as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL), que presenta a "extrema-direita fascista".
“Vai ser pior que a [eleição] de 2018, e muito diferente de qualquer outra eleição que participamos desde 1989. Estamos disputando com a extrema-direita, um fascista, que tem resiliência. Basta ver as pesquisas, o Bolsonaro mantém uma intenção de voto que, para o padrão de governo que faz, é elevada, e tem procurado melhorar esse desempenho por meio de uma série de ações institucionais, além de ações políticas que faz com suas fake news” disse Gleisi.
Sobre as possíveis alianças que o PT está disposto a fazer, Gleisi diz que o foco não é somente nas federações partidárias, mas de construir, verdadeiramente, uma frente de esquerda e centro-esquerda.
Um dos maiores entraves, segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, é eleição ao governo de São Paulo. Nem o PSB quer abrir mão da candidatura de Márcio França, nem o PT da de Fernando Haddad.
“O Lula tem que ser candidato de uma coligação o mais ampla possível. A federação verticaliza, ela tem que ser fechada em todos os estados, todos têm que seguir a mesma linha de composição, não é uma coisa simples. Então se não for por federação, será por coligação (…) Nós não vamos ganhar nada sozinhos, o PT sozinho não vai conseguir construir nada, precisamos de outros partidos e de outros aliados”, disse a deputada.