Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro -, virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro. A relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu a quebra de sigilo telefônico e telemático do ex-deputado.
De acordo com o colunista Paulo Capelli, do Metrópoles, Valdemar foi citado pelo hacker Walter Delgatti durante depoimento na CPMI, na última quinta-feira (17). O requerimento da relatora ainda não foi apreciado pela comissão, que volta a se reunir nesta terça-feira (22).
No requerimento, a relatora pede o envio de todo conteúdo armazenado no Google Drive e Google Fotos de Valdemar, lista de contatos, todas as mensagens recebidas e enviadas incluindo áudios e vídeos, além do conteúdo de endereços de e-mail, registro e duração de chamadas recebidas e originadas de 2022 até o presente momento.
Delgatti contou que o dirigente do PL teria participado de uma reunião entre ele e Carla Zambelli para tratar da invasão de urnas eletrônicas antes das eleições de 2022. A relatora argumenta que o cargo ocupado por Valdemar “não deve servir como atenuante do fato, mas sim como agravante”.
Após o depoimento de Delgatti, o presidente do PL disse que não iria contestar as declarações do hacker. Ele confirmou a reunião. “Não vou dar bola e nem seguir com qualquer tipo de contestação ou queixa-crime. Foi um único encontro”, disse Valdemar.