Profissionais da segurança pública realizaram na manhã desta terça-feira (18) um manifesto na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para reivindicar o reajuste salarial da categoria e melhores condições de trabalho. A presidente da Associação de Praças da Polícia e Bombeiros Militares da Bahia, Alaíce Gomes, reclamou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Salvador FM, da falta de diálogo que os governadores oferecem aos representantes da classe para melhorar a questão salarial.
"Infelizmente o governador anterior não abria espaço para recepcionar representantes. E agora ainda esperamos do atual uma rodada de negociação", comentou sobre a relação da classe com o antigo gestor Rui Costa (PT) e o atual, Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo as representações sindicais, as categorias acumulam perdas salariais de 50% nos últimos 16 anos, sendo uma situação agravada nos últimos 8 anos.
Alaíce diz ainda que com estas condições é complicado para o enfrentamento da violência no estado. "A gente faz nossa parte. Mas existe uma ausência de incentivo, não só pela questão salarial, mas também pela falta de apoio material. Sejam coletes à prova de bala, carro protegido e armamento potente. Claro que existem diversas pautas entre a categoria, mas o que a gente precisa é da valorização da categoria", acrescentou.
A representante da classe ainda fez uma comparação de que o governo busca investimento em câmeras nos uniformes, mas de que estaria faltando o básico antes para a categoria. "Qual o custo de uma câmera de monitoramento? Qual o intuito? É vigiar a atividade policial ou trazer proteção", indagou.