Eleições

Presidenciáveis arrecadam R$ 1,3 milhão com 'vaquinhas virtuais', mostra levantamento

Lula (PT) concentra sozinho 45,9% do total arrecadado por meio das plataformas de crowfunding.

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Três candidatos concentram 90% do R$ 1,3 milhão arrecadado pelos presidenciáveis por meio da modalidade "crowdfunding" nos três meses da pré-campanha, que se encerrou nesta quarta-feira (15). A campanha eleitoral tem início oficialmente nesta quinta (16).

O "crowdfunding" é o nome que se dá ao financiamento coletivo captado por meio da internet, também chamado de "vaquinha virtual". As contribuições são de pessoas físicas, por meio de sites de empresas autorizadas pela Justiça Eleitoral.

O valor arrecadado até agora é pequeno se comparado com o teto de gastos estabelecido por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cada campanha de candidato a presidente da República (R$ 70 milhões).

No caso de candidatos que eventualmente tenham o registro negado pela Justiça Eleitoral ou desistam da candidatura após protocolar o pedido, especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que o dinheiro das vaquinhas pode ser repassado para o partido. (Entenda mais abaixo)

Nesta eleição, a principal fonte de financiamento de partidos e candidatos é o fundo eleitoral de R$ 1,59 bilhão criado com dinheiro do Orçamento da União para ajudar a bancar as campanhas depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, em 2015, as doações eleitorais de empresas.

O G1 apurou nesta quarta-feira – último dia da pré-campanha – o valor obtido pelos candidatos à Presidência nas nove plataformas online homologadas pelo TSE que organizam financiamentos coletivos para os presidenciáveis.

As campanhas dos candidatos confirmaram ao G1 que as vaquinhas relacionadas abaixo são as oficiais:

Apoia (João Amôedo)
Confia Brasil (Alvaro Dias)
Doação Legal (Alvaro Dias, João Goulart Filho e Vera Lúcia)
Essent (Geraldo Alckmin)
Fast (Alvaro Dias)
Juntos Venceremos (Cabo Daciolo)
Tua Ajuda (Ciro Gomes e Geraldo Alckmin)
Um a Mais (Lula)
Voto Legal (Guilherme Boulos e Marina Silva)
Líder nas pesquisas eleitorais, embora esteja preso em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve sozinho, até agora, 45,9% do total arrecadado pelos presidenciáveis nas vaquinhas online (R$ 593,9 mil) – veja no gráfico acima quanto os candidatos à Presidência arrecadaram por meio das vaquinhas.

João Amoêdo (Novo) e Marina Silva (Rede) são o segundo e o terceiro, respectivamente, que mais arrecadaram por meio de "crowdfunding" na fase de pré-campanha.

O empresário que estreia nas urnas neste ano pelo partido Novo, obteve 27,2% do dinheiro doado por meio das plataformas online (R$ 351,7 mil). Marina Silva (Rede) tem 17% (R$ 220,5 mil).

Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB) e José Maria Eymael (DC) não registraram vaquinhas oficiais para arrecadar doações pela internet.

O PSL, no entanto, tem uma vaquinha no site Mais que Voto, no qual pede doações para o partido utilizando uma foto de Bolsonaro dizendo que os eleitores que doam para a sigla ajudam "a formar uma estrutura de apoio maior e mais forte" para "fortalecer e estruturar o partido de Jair Bolsonaro". A legenda arrecadou R$ 321,5 mil no período da pré-campanha.

Um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro, o deputado Major Olímpio (PSL) informou ao G1 que o partido irá destinar o valor arrecadado pela vaquinha do PSL para a campanha presidencial.

G1 // AO