O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu em entrevista ao jornalista Rapha Prado que aceitaria um eventual convite do presidente Jair Bolsonaro para um almoço. Diplomático, o sociólogo afirmou que "qualquer um" deveria responder dessa forma a tal proposta, mas admitiu que não gostaria que acontecesse.
"Se ele convidar… Eu acho que qualquer um deve dizer que sim. Eu diria que sim. Mas eu prefiro que ele não me convide. Não temos o que falar, né? Nós somos personalidades muito distintas, né? ", declarou FHC. A entrevista será divulgada nas redes sociais.
Mesmo reconhecendo semelhanças na trajetória de vida, como o estado onde nasceram e o passado na vida militar, o ex-presidente destacou a diferença entre eles.
"Ele ficou com uma coisa assim, marcada de raiva Ele faz um apelo a um sentimento que eu não acho positivo, né?", questionou.
Ano passado, FHC se encontrou com o principal adversário de Bolsonaro na disputa eleitoral, o também ex-presidente e antigo adversário político do tucano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações do Globo, FHC teria aprovado a aliança de Alckmin com Lula, e em outra ocasião reconheceu que a eleição do petista seria menos danosa ao país do que a reeleição de Bolsonaro.
"No momento, eu penso que a [reeleição] de Lula é menos traumática para o Brasil, de forma direta. Isso não quer dizer que eu não queira uma via pelo PSDB. Claro que eu desejo. Mas uma coisa é você desejar e trabalhar neste sentido, e outra coisa é analisar a realidade. Assim, por ora, entre Lula e Bolsonaro, acredito que o Lula seja melhor", analisou o ex-presidente à época.