Política

Prefeito sugere que possível fim da Petrobras na Bahia é culpa do PT

Para ACM Neto, causa “preocupação” o fim dos trabalhos da estatal no estado

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O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), sugeriu, ontem, que o PT é culpado pelo possível fim da Petrobras na Bahia. Anteontem, em entrevista à Tribuna,o diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Radiovaldo Costa, disse que têm ocorrido demissões em massa na estatal no Estado. Segundo ele, dois mil terceirizados que trabalham no edifício Torre Pituba em Salvador foram dispensados. Além disso, conforme o sindicalista, aproximadamente 1,5 mil funcionários concursados serão transferidos para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Costa afirmou que a intenção da Petrobras é devolver o edifício Torre Pituba para a Petros, que aluga o imóvel para a estatal, e encerrar as atividades na Bahia. Para ACM Neto, causa “preocupação” o fim dos trabalhos da estatal no estado. “Lamento que a Petrobras tenha tomado essa decisão. O ideal, para a Bahia, é que a Petrobras continuasse com as atividades plenas em nosso estado. Mas é bom lembrar que esse prédio foi e é objeto de uma operação da Lava Jato. Existem sérias apurações de possibilidade de corrupção, de desvios de dinheiro público envolvendo a construção deste prédio. Na minha opinião, foi de megalomania, de um momento em que o PT usou e abusou, sobretudo, de atos de corrupção. A Lava Jato está aí para mostrar. Em relação ao erros que foram cometidos, boa parte dos erros foram cometidos na gestão do PT na Petrobras”, declarou ACM Neto.

Neto se referiu à operação batizada de “Sem Fundos”, que apura superfaturamento no processo de construção da sede da Petrobras, em Salvador. Segundo o MPF, a construção, orçada em R$ 320 milhões, custou quase R$ 1,2 bilhão. No ano passado, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de prisão e prenderam, entre outras pessoas, o empresário Mário César, da OAS; o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano no governo de Jaques Wagner (PT) e ex-diretor da OAS na Bahia, Manuel Ribeiro; e o ex-presidente da OAS, Elmar Varjão. Eles são investigados no caso. O prefeito soteropolitano disse, ainda, esperar que a decisão da Petrobras seja revertida. “O PT quebrou a Petrobras. O PT permitiu que a Lava Jato se instalasse no coração da Petrobras, a principal empresa brasileira. É uma vergonha o que aconteceu. A gente está vendo quantas pessoas foram parar na cadeira em função da corrupção que aconteceu na Petrobras. Eu, como baiano, digo que o ideal seria que a Petrobras mantivesse suas atividades em Salvador e na Bahia. Espero que ainda que ocorra algum tipo de reversão a isso. E que nós não peguemos um preço ainda maior. Porque isso mexe na vida de vários funcionários”, pontuou.

Fonte: Tribuna da Bahia

REDAÇÃO DO LD