Ligado ao senador Ângelo Coronel (PSD), o prefeito de Itaguaçu da Bahia, Adãozinho Filho (PSD), declarou apoio ao pré-candidato a governador ACM Neto (UB). Nesta terça, Adãozinho esteve com o ex-prefeito de Salvador para selar o apoio.
Ontem, o senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, em entrevista ao BNews, afirmou que Coronel “é uma pessoa muito firme nos seus compromissos” e minimizou a ausência do correligionário na pré-campanha de Jerônimo Rodrigues (PT). “Eu sendo o presidente e estando presente, represento o PSD [na Bahia]”, disse Otto. No último final de semana, em Feira de Santana, durante evento ao lado de Jerônimo e do governador Rui Costa, Otto citou as palavras “lealdade, sinceridade e palavra cumprida” ao se referir a aliança com o PT na Bahia que, segundo o senador, “é inquebrantável”.
No mesmo evento, o governador Rui Costa foi duro e, sem citar nomes, defendeu que parlamentares na Bahia com mais de 30 anos de mandato deveriam abandonar a vida pública e ir cuidar dos seus negócios particulares, e ainda atribuiu a “lobos em pele de cordeiro” políticos em Brasília que, nas palavras do chefe do Executivo baiano, se calam ou são coniventes com os desmandos do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Prefeito de Coração de Maria pelo PMDB em 1988, Coronel foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1995 pelo PSDB. Sem conseguir a reeleição, já no PL, voltou a assumir o mandato como suplente na Assembleia Legislativa da Bahia. Em 2002, se reelegeu e renovou seu mandato por mais quatro anos nas eleições de 2006. Em 2010, trocou novamente de partido e se filiou ao PP, garantindo seu quarto mandato como deputado estadual.
Nas eleições de 2014, trocou novamente de legenda e se filiou ao PSD, onde foi para o seu quinto mandato no Parlamento baiano. Em 2017, se tornou chefe do Poder Legislativo da Bahia, com as bençãos do governador Rui Costa. Em 2018, o então desconhecido deputado para a maioria dos baianos foi alçado candidato a senador na chapa com Rui Costa e Jaques Wagner. Coronel foi eleito com 3,9 milhões de votos. De lá para cá, tem tido uma atuação no Senado considerada desalinhada com as forças políticas que o ajudaram a se tornar senador da República.