Decisão

Prefeita reeleita fica inelegível após ter mandato cassado; saiba detalhes

Maria Azenilda Pereira (Republicanos), prefeita reeleita, teve registro de candidatura cassado após decisão da Justiça Eleitoral

Maria Azenilda Pereira foi reeleita em cidade do Mato Grosso, mas teve o mandato cassado após ter cometido crime eleitoral
Foto: Reprodução/Instagram @azenildapereira1

Uma prefeita que foi reeleita no pleito de outubro deste ano teve seu registro de candidatura cassado após decisão da Justiça Eleitoral e ficará inelegível por oito anos.

O caso aconteceu na cidade de Barra do Bugres, no Mato Grosso, onde Maria Azenilda Pereira (Republicanos) foi condenada pelo crime de compra de votos. A decisão também atinge o vice dela, Arthur José Franco Pereira (PRD).

Na deliberação, o juiz Arom Olímpio Pereira, da 13ª Zona Eleitoral do município, também determinou novas eleições em janeiro de 2025. Ademais, a republicana, o vice e o filho, Carlos Luiz Pereira Neto, secretário Municipal de Finanças foram ainda condenados ao pagamento de R$ 200 mil.

O magistrado atendeu a um pedido feito pela coligação “Renovação com Experiência” (NOVO, UNIÃO, PODE, PSB e AGIR), capitaneada por Luiz Sansão (Novo), que entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Ele foi derrotado nas urnas por Azenilda.

Segundo o portal RD News, uma das testemunhas declarou à Justiça que, que, no dia 20 de setembro de 2024, durante um comício em apoio a Maria Azenilda, Carlos Luiz foi até a casa dela e ofereceu o valor de R$ 2 mil em troca de seu voto e apoio político para sua mãe.

Na decisão, o juiz entendeu que o envolvimento de Carlos Luiz é inegável, visto que entregou a quantia em troca de seu voto e apoio político para a chapa formada por Azenilda, além de ter prometido benefícios como obras na casa da testemunha e um “emprego melhor”.

Em resposta, o advogado Rodrigo Cyrineu, que faz a defesa de Maria Azenilda e Arthur José, afirmou que recebeu a decisão com “incredulidade” e que ainda não foram oficialmente intimados. Ele ainda apontou que havia “inúmeras diligências pendentes”, incluindo a perícia do celular de uma das testemunhas do caso.