Política

Políticos lamentam morte do criador da Lei Rouanet

Entre os políticos que se manifestaram está a deputada federal Lídice da Mata (PSB)

Guilherme Gonçalves/Arquivo Agência Brasil
Guilherme Gonçalves/Arquivo Agência Brasil

Diversos políticos lamentaram a morte de Sérgio Rouanet, aos 88 anos, considerado um dos grandes filósofos do país e autor da lei de incentivo à cultura batizada com o seu nome. Junto com sua esposa de origem alemã, Barbara Freitag, fundaram o Instituto Rouanet. Ele ocupava há 30 anos a cadeira 13 na Academia Brasileira de Letras, da qual também foi presidente.

A deputada federal baiana Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador, foi uma das parlamentares que lamentaram o seu falecimento, dando os "sentimentos" à sua família. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também lamentou a "triste notícia" da perda de Sérgio Rouanet.

O ex-senador Cristovam Buarque disse que o país perdeu um dos maiores representantes da cultura e que deu importante contribuição para a sociedade.

 

Em entrevista à Agência Brasil, o professor e poeta Marcos Lucchesi enalteceu Rouanet e destacou a sua importância para a intelectualidade do país.

“Era um homem de fato de múltiplos talentos. Um grande filósofo, um grande ensaísta, atento às questões da cultura, da política, da poética, atento ao diálogo entre os povos. Podia voar tranquilamente de Kant a Zeca Pagodinho, por exemplo, de cujas músicas gostava”, disse.

O atual presidente da ABL, Merval Pereira, destacou que “Sérgio Rouanet é exemplo de intelectual público, que colocou sua competência a serviço da cultura brasileira, sem abdicar dos valores éticos”.

Nascido no Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1934, Rouanet foi eleito para a ABL em 23 de abril de 1992, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa.

Ainda não há informações sobre velório. O acadêmico deixa a esposa e três filhos: Marcelo, Luiz Paulo e Adriana.