Políticos baianos de diferentes idelogias comentaram a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3) e que investiga adulteração em cartões de vacinação – um dos alvos dos trabalhos da corporação foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A residência dele foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã de hoje. O celular do liberal também foi recolhido.
Um dos que se manifestou foi o deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Para o membro da Comissão de Saúde da Câmara, a operação não traz nenhuma surpresa ao ter Bolsonaro como um dos alvos. “Apesar de, para nós, pelo histórico mentiroso do Bolsonaro, não ser nenhuma surpresa, o Brasil amanheceu estarrecido com o uso do Ministério da Saúde para fraudar certificados de vacinação, tanto para a família do ex-presidente quanto para seus asseclas mais próximos”, afirmou.
Solla também condenou o que a operação aponta como uso do sistema do Ministério da Saúde com a inserção de dados falsos para que Bolsonaro pudesse passar “férias” nos Estados Unidos – país que exige a comprovação da vacina – após a derrota para Lula nas eleições.
“Não bastasse toda a campanha de boicote, de desinformação, contra a vacina de covid, além do atraso na compra dos imunizantes, o que poderia ter salvado milhares de vidas, o governo passado fez uso da máquina pública para mentir à população”, criticou o parlamentar.
Por outro lado, o presidente do PL na Bahia, o ex-deputado federal João Roma, apontou que a ação da Polícia Federal contra o ex-presidente reflete o revanchismo e a adoção de dois pesos e duas medidas que caracterizam as decisões judiciais contra o correligionário.
"Desde o período eleitoral que a Justiça se utiliza de dois pesos e duas medidas e fecha os olhos para os absurdos que o PT e seus aliados vêm praticando. O que se verifica é uma sanha de encontrar agulha no palheiro para incriminar Bolsonaro por mero revanchismo. Vivemos a antítese do ideal de justiça que almejamos", declarou Roma.
