Política

Polícia Federal diz que Exército foi pressionado por militares da ativa a participar de golpe de Estado

Segundo a corporação, nome de militares aparecem em documento apócrifo pró-Bolsonaro publicado em 2022

Isac Nóbrega/PR
Isac Nóbrega/PR

A Polícia Federal (PF) revelou a identificação de dois militares envolvidos na redação de uma carta controversa assinada por oficiais da ativa, que buscava pressionar o comandante do Exército em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, para instigar um Golpe de Estado e impedir a posse do presidente Lula (PT).

A identificação dos agentes foi possível através da análise meticulosa dos metadados do documento. O tenente-coronel Mauro Cid, que recebeu a carta na noite de 28 de novembro de 2022, foi crucial para a investigação, já que o documento foi modificado por esses militares antes de sua publicação.

Segundo a Folha, que obteve acesso ao documento, o autor foi identificado como o coronel Giovani Pasini, enquanto o coronel Alexandre Bitencourt foi apontado como o último a alterar o texto. Essas revelações constam em um relatório da PF que fundamentou os pedidos de prisão e buscas realizados em 8 de fevereiro contra ex-ministros e militares suspeitos de conspirar para o golpe.

Vale ressaltar que as ações coletivas ou manifestações políticas por parte de militares são estritamente proibidas por leis e regulamentos. Na época da circulação da carta entre oficiais, o Alto Comando do Exército alertou os militares sobre as consequências para aqueles que aderissem à mobilização.