O governador Rui Costa afirmou nesta quinta-feira (23) que ainda não foi informado pelo secretário de Educação, Walter Pinheiro, sobre sua data de saída da pasta. Ele já havia sinalizado, em entrevista ao Bahia Notícias (veja aqui), que voltaria ao Senado para finalizar alguns projetos. “A mim não falou. [Conversa] De ele ficar até esse ano não, ainda não”. Segundo Rui, Pinheiro tratou apenas sobre seu destino partidário – ele está sem partido desde que saiu do PT, há cerca de um ano (clique aqui). “Isso aí ele conversou comigo, disse que estava refletindo sobre filiação partidária dele, é uma reflexão dele, não vou interferir na filiação partidária, e no momento em que ele tiver chegado à conclusão ele vai informar a vocês [imprensa], informar a mim da decisão”, afirma Rui. “Mas a data de saída da secretaria ele não comentou comigo, acho que ele tem muitas coisas para fazer, nós agora vamos ter uma sequência de agendas na educação, a abertura do programa escolas culturais, vou lançar um conjunto de editais para mais de 300 obras nas escolas, construção aí de quase 20 escolas novas”, completou.
Sobre a questão da filiação, e eventual permanência em sua base aliada, Rui lembrou que a reforma política está em curso, devendo alterar as perspectivas da classe política. “Não estamos discutindo chapa ainda não, a eleição é só no final do segundo semestre do ano que vem. Nós ainda temos toda uma legislação eleitoral que pode mudar, as regras podem mudar. Vai ter coligação; não vai ter coligação? Partidos pequenos vão continuar existindo? Vai ter tempo de TV para partido que tem representação na Câmara; não vai ter? Isso tudo vai interferir, pode escrever o que estou dizendo, não só na filiação de Pinheiro, mas de todos os deputados”. Ainda sobre o tema, Rui se manifestou favorável a redução de legendas. “Na minha opinião, o Brasil tem partido demais”, aponta, citando parlamentares estrangeiros que recebeu e que saíram do país impressionados com a composição do Congresso Nacional. “Todos voltam perplexos com essa estrutura política partidária do nosso país, todos dizem o que é o obvio que muitos de nós dizemos: ‘isso aqui não tem chance de dar certo. Não tem lugar no mundo que funcione, que tenha governabilidade, com 30 partidos na Câmara dos Deputados”.
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