A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não há elementos que justifiquem a abertura de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas suspeitas de irregularidades relacionadas ao Ministério da Educação.
Em manifestação desta terça-feira à corte (19), a PGR afirma que as informações levadas ao conhecimento do órgão "não são suficientes para inclusão do representado [Bolsonaro] como investigado" pois "não apontam indícios da sua participação ativa e concreta em ilícitos penais".
O documento foi encaminhado à ministra Cármen Lúcia, relatoria de um pedido de investigação apresentado ao Supremo pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a Folha publicar áudio em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse que privilegiava pastor evangélico a pedido de Bolsonaro. Ribeiro perdeu o cargo em 28 de março.
O balcão de negócios no MEC, cuja existência foi revelada inicialmente pelo jornal o Estado de S. Paulo, era operado por dois pastores evangélicos sem qualquer vínculo formal com a pasta e que participaram de 35 reuniões no Palácio do Planalto.