Política

PF toma atitude após denúncias de assédio sexual contra ministro Silvio Almeida

Titular da pasta dos Direitos Humanos nega as acusações

Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania

A Polícia Federal (PF) informou que vai abrir um inquérito para apurar as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula (PT), Silvio Almeida. As acusações vieram a público após uma matéria do Metrópoles informar que a organização de defesa de mulheres que foram vítimas de violência sexual, o Me Too Brasil, ter recebido denúncias do tipo.

Uma das vítimas de Silvio seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela ainda não se manifestou sobre o caso. Ele, por sua vez, divulgou uma nota a qual negou ter cometido o crime e vai pedir a CGU (Controladoria-Geral da União), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar o caso.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, a investigação será iniciada por iniciativa da própria corporação. "Ainda não recebemos representação", disse ele à GloboNews, nesta sexta-feira (6). Também conforme o diretor da corporação, o inquérito deve ser instaurado ainda nesta sexta-feira. "Provavelmente as pessoas serão ouvidas semana que vem, mas o presidente do inquérito que dirá", completou.

Comissão do governo também investiga

Em nota, o Palácio do Planalto informou que a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração sobre o caso.

Segundo o comunicado, o ministro foi chamado na noite desta quinta para "prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias publicadas pela imprensa contra ele".

"O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem", afirmou o governo.