Política

PF prende hacker da Vaza Jato; saiba motivo 

Em agosto de 2022, a campanha de Jair Bolsonaro (PL), então candidato à reeleição, se encontrou com o hacker Walter Delgatti para saber a opinião dele sobre a segurança das urnas eletrônicas, disse nesta quarta-feira (10) o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Delgatti.

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A Polícia Federal prendeu Walter Delgatti Netto, conhecido como hacker da Vaza Jato, por descumprimento de medidas judiciais.

A informação é do advogado dele, Ariovaldo Moreira, e de fontes da cúpula da PF procuradas pelo blog.

De acordo com o G1, a prisão ocorreu em Campinas (SP).

Walter Delgatti havia sido preso em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, que desarticulou uma “organização criminosa que praticava crimes cibernéticos”, segundo a Polícia Federal. As investigações apontaram que o grupo acessou contas do aplicativo de mensagens Telegram usadas por autoridades.

À época, admitiu à PF que entrou nas contas de procuradores da Lava Jato e confirmou que repassou mensagens ao site The Intercept Brasil. Ele disse não ter alterado o conteúdo e não ter recebido dinheiro por isso. Parte das mensagens foi publicada no site, a partir de junho de 2019.

Ele obteve direito a aguardar o julgamento em liberdade.

Em agosto de 2022, a campanha de Jair Bolsonaro (PL), então candidato à reeleição, se encontrou com o hacker Walter Delgatti para saber a opinião dele sobre a segurança das urnas eletrônicas, disse nesta quarta-feira (10) o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Delgatti.

Entre as pessoas com quem Delgatti esteve está Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, ainda segundo o advogado.

Segundo o blog apurou, Delgatti dizia que tinha condições de hackear o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Aliada de Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) confirmou à época também ter se encontrado com o hacker da “vaza jato”.

Uma fonte contou, inclusive, que Zambeli levou Delgatti para um encontro com Bolsonaro. Zambelli e a assessoria de Bolsonaro negam.