Política

Petrobras propõe aumento de 44% na renumeração para diretores

Proposta, no entanto, depende de aprovação de acionistas

Tânia Rego/Agência Brasil
Tânia Rego/Agência Brasil

O Conselho de Administração da Petrobras propôs um aumento de quase 44% para os diretores da estatal, baseada no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de 2013 a 2022. A medida ocorreu após reunião do grupo, na última quarta-feira (22).

Contudo, a proposta não tem efeito imediato e a sua eventual aprovação, conforme o jornal Folha de S.Paulo, caso acolhida pelos acionistas, impactará a remuneração dos administradores somente após a data de realização da AGO (Assembleia Geral Ordinária de acionistas) de 2023, que está prevista para o dia 27 de abril. O plano também será enviado para avaliação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.

Havendo a aprovação, o salário do presidente, Jean Paul Prates, poderia chegar a um valor em torno de R$ 168 mil. Já a remuneração básica de um diretor é de R$ 111.201,13, ainda de acordo com os dados de 2022. Com o reajuste, esse montante chegaria a quase R$ 160 mil.

No ano passado, o então Ministério da Economia apontou que os executivos da Petrobras e de parte de suas subsidiárias tinham os maiores salários entre as empresas públicas federais.

Dados da época mostram que o presidente da petroleira tem remuneração fixa de cerca de R$ 116,8 mil, além de 13º e adicional de férias. Esse valor não inclui a remuneração variável, que depende dos resultados da companhia.

Em nota, a Petrobras diz que a decisão considerou os resultados positivos obtidos pela companhia e a defasagem da remuneração dos administradores em relação ao mercado.

Ainda segundo a petroleira, a defasagem foi ampliada nos últimos anos em função do congelamento da remuneração da diretoria, "o que não ocorreu com o restante da força de trabalho, que teve sua remuneração atualizada ao longo deste período".