Política

Petista Jaques Wagner diz que apoiaria Alckmin em eventual disputa com Bolsonaro

Ex-ministro se colocou à disposição para, se necessário, conversar com tucano

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Ao chegar à posse do ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e candidato ao Senado, disse que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, "já está no segundo turno". 

Ele diz  que é preciso um entendimento entre todas as forças políticas para evitar a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) o que incluiria, para ele, um diálogo com o candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

Se você me perguntar: se houver um massacre  eleitoral e o Fernando Haddad não for para o segundo turno, você vai votar em quem se o Bolsonaro for para o segundo turno? No outro.

Perguntado se o outro poderia ser Alckmin, Wagner respondeu:

Claro. Acho que a gente tem que parar. Já que a História nos colocou em campos opostos, a nossa  história é mesma, os dois nasceram depois do regime militar. E os dois eram a novidade à época.

O ex-governador também se ofereceu para conversar com Alckmin.

— Se me derem essa missão, farei com muito gosto. Esse jogo de canto de rua tem que parar.

Wagner elogiou a capacidade de diálogo de Toffoli e lembrou que possui uma longa relação com o ministro, desde o tempo em que era líder da bancada do PT e ambos trabalhavam juntos.

— Eu acho que, na verdade, a linha do Supremo está traçada. Você pode ter liberdade do ponto de vista administrativo e, evidentemente, na relação entre os poderes cada um tem uma marca. Como ele é oriundo da Câmara dos Deputados, assessor de bancada, acho que ele tem uma marca do diálogo, da busca de entendimento. 

 

O Globo// Figueiredo