Política

Paulo Marinho solta vídeo de Bebianno em que cita possível promessa de Bolsonaro; assista

Ex-ministro morreu de infarto fulminante em 2020, enquanto a PF e o MP encampavam um inquérito para apurar supostos disparos ilegais de mensagens feitos pela campanha de Bolsonaro

Valter Campanato/Agência Brasil
Valter Campanato/Agência Brasil

O empresário Paulo Marinho, que rompeu com o clã Bolsonaro, divulgou um vídeo nesta sexta-feira (28) do antigo secretário-geral do governo e primeiro ministro demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno.

Bebianno foi o principal articulado da filiação de Bolsonaro ao então PSL e visto como um homem de confiança no início do governo, em 2019.

Ele acabou deixando o cargo em meio ao escândalo das candidaturas laranjas do partido na eleição. O caso teve uma grande repercussão e Bebianno acusou Bolsonaro de "traição", trocando ofensas públicas com o seu filho, Carlos Bolsonaro.

No vídeo compartilhado por Paulo Marinho, Bebianno relata uma suposta conversa com Bolsonaro na qual o presidente teria lhe prometido um cargo como Ministro da Segurança, pasta que veio a ser ocupada posteriormente por Sergio Moro.

Marinho sugere ainda que podem surgir novidades até a hora do debate da TV Globo entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Há alguns dias o deputado federal André Janones fomenta a expectativa sobre possíveis revelações encontradas no celular de Bebianno.

No vídeo, Bebianno afirma que respondeu a Bolsonaro que seu único receio fosse de ser "deixado pelo caminho".

Assista:

O ex-ministro morreu de infarto fulminante em 2020, enquanto a Polícia Federal e o Ministério Público encampavam um inquérito para apurar supostos disparos ilegais de mensagens feitos pela campanha de Bolsonaro.

Bebianno, que já não estava mais no governo, seria um dos ouvidos no âmbito desta investigação, mas não prestou depoimento, pois morreu antes, no mês de março. Meses antes, em entrevista à Jovem Pan, Bebianno admitiu que se sentia ameaçado e revelou que tinha material guardado fora do Brasil que poderia comprometer o presidente Bolsonaro.