O vereador e líder da base governista na Câmara de Salvador, Paulo Magalhães Jr. (UB), confessou que a chegada de Geraldo Jr. (MDB) à presidência da casa trouxe um clima de tensão para a Câmara de Vereadores.
“Quando Geraldo não está, não tem sessão. Falta segurança na Casa? Não existe isso. Às vezes falta água, luz. O plenário só abre quando o presidente quer e isso está errado. Nunca vi a Casa ser conduzida dessa forma. Isso não vamos aceitar”, afirmou em entrevista ao programa Ligação Direta da Salvador FM, na manhã desta sexta-feira (19).
O líder ainda criticou a medida do seu ex-aliado na derrubada do veto ao projeto que trata sobre o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e combate às endemias.
Ele apontou ainda que a mudança de lado de Geraldo tem o conduzido a atitudes que não podem ser aceitas. "Ele está querendo mostrar a sua força que não tem mais. Está usando a Câmara como palanque político e a gente sabe que ele não tem mais. Quando ele mudou de lado disse que levaria 10 vereadores e não levou, só levou Hnrique Carballal e Carlos Muniz. Então a maioria da Câmara acompanha Bruno Reis e ACM Neto. Não houve essa mudança e desequilibrar a Câmara. Ele que tá desequilibrando a Câmara com suas atitudes ilegais e podemos ver isso na falta de proporcionalidade das comissões. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em menos de 10 minutos deu um parecer colocando um jabuti em um projeto que não podia fazer isso. Todos nós sabemos que ele fez isso depois da votação, mas ele alega que fez isso antes porque a CCJ é toda dele. A gente tem que questionar na Justiça, tem que pedir até para os funcionários concursados da Casa que sejam ouvidos também porque isso é crime para quem deixou isso acontecer. Tem muita gente envolvida. Ilegalidades como esta você não consegue fazer sozinho. Tem muita gente participando dessas ilegalidades e atrocidades e todos esses serão responsabilizados".
Magalhães ainda reforçou que a atitude do presidente da Casa “não passou de uma manobra” para conseguir votos para a campanha do filho Matheus Ferreira.
“Isso é inadmissível, usando os agentes de saúde como massa de manobra. Ele só complicou ainda mais a vida desses agentes de saúde, que continuarão com o salário defasado. A classe acreditou nele, isso não admito”, pontuou o vereador da União Brasil.
Ex-aliados, Paulo e Geraldo faziam elogios um ao outro durante as sessões na Câmara. Contudo, após mudança de grupo político. “Foi uma surpresa grande, lamento e sinto muito”, afirmou Paulo Magalhães Jr.
Para Magalhães Jr, a discussão que quase terminou em agressão foi causada por uma tentativa de “atropelar e ridicularizar” o líder do governo na câmara.
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