Parado desde junho, o processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara que pede a cassação do deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) pode ser arquivado.
O processo está em tramitação desde fevereiro, quando a representação do PSOL e da Rede foi apresentada. Desde então, nenhuma das 23 testemunhas indicadas pelo relator ou pela defesa foi ouvida.
Considerando os prazos legais, não deverá haver tempo hábil para concluir o processo até o recesso parlamentar, que tem início oficialmente a partir de 23 de dezembro.
Lúcio Vieira Lima responde por suposta quebra de decoro parlamentar no caso dos R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal em um apartamento de Salvador (BA).
No Supremo Tribunal Federal, o deputado, o irmão dele Geddel Vieira Lima e a mãe deles, Marluce Vieira Lima, são réus por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A defesa de Lúcio Vieira Lima alega que algumas das acusações se referem a período anterior ao mandato atual do deputado e outras são "absolutamente infundadas".
Processo parado
O último andamento do processo no Conselho de Ética foi a apresentação do plano de trabalho pelo relator, Hiran Gonçalves (PP-RR), em 13 de junho. No documento, ele indicou dez testemunhas e listou 13 nomeadas pela defesa. Nenhuma audiência do processo foi realizada.
O conselho chegou a marcar uma reunião em agosto para ouvir o ex-secretário parlamentar Job Brandão, que trabalhava para Lúcio Vieira Lima, mas desmarcou em seguida.
Na ocasião, o presidente do conselho, Elmar Nascimento (DEM-BA), disse ter desmarcado porque achou que não haveria quórum.
De acordo com ele, uma nova tentativa de marcar o depoimento pode serfeita na semana que vem.
G1 // AO