O assessor do senador Delcídio do Amaral entende que Aloízio Mercadante o procurou a pedido da presidente Dilma Rousseff. José Eduardo Marzagão gravou conversas com o ministro da educação nos dias 1 e 9 de dezembro do ano passado. As conversas divulgadas nesta terça-feira (15) pelo site da revista Veja dão conta de que Aloizio Mercadante desaconselhou a delação premiada por parte de Delcídio e prometeu ajudar de todas as formas o senador que estava preso.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Marzagão foi perguntado se acha que Mercadante foi ao encontro dele a pedido de Dilma Rousseff. “Se você considerar que ele é desafeto do Delcídio desde a época da CPI dos Correios e que ele é o ministro de maior confiança da presidente da república, é a única conclusão que posso chegar”, respondeu o assessor.
O assessor retrucou as explicações de Mercadante e disse que o ministro selecionou apenas os trechos que lhe interessavam da conversa. Na opinião de Marzogato os “motivos bastante objetivos” do diálogo estava definido desde o começo do encontro: tentar fazer Delcídio desistir da delação.
Marzagão disse ainda que gravou as conversas por iniciativa própria, sem aviso prévio a Delcídio, e que agiu para se preservar. “Enfiei o iPhone no bolso, liguei o gravador próprio do celular porque não sabia o que vinha pela frente”, disse.
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