O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que o partido que comanda não apoia "cegamente" o governo do presidente em exercício, Michel Temer, e alertou para os "sinais trocados e preocupantes" na condução da economia às vésperas de se completar dois meses da gestão dele.
Em meio à grave crise das contas públicas, ele criticou o fato de que, ao mesmo tempo em que o governo anunciou uma meta fiscal extremamente rigorosa, cedeu a pressões para conceder reajustes ao funcionalismo público.
Questionado se falta audácia ao governo para propor medidas de contenção de despesas, como a reforma da Previdência, Aécio Neves afirmou que essa é uma "necessidade imperiosa".
Ele disse que Temer justifica ser necessário o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Para o tucano, a partir de agosto, passada a votação, será o momento crucial para o governo e o PSDB vai cobrar.
(Estadão) (AF)