Política

‘Padrão Moro: prende primeiro, explica depois’, diz Wagner sobre juíza da Lava Jato

Ex-governador afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro está querendo mostrar serviço "para os de fora"

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Foto: Matheus Morais/bahia.ba

O senador eleito Jaques Wagner (PT) disse, na manhã desta sexta-feira (23), que a nova juíza da operação Lava Jato, Gabriela Hardt, “segue o padrão” do colega Sergio Moro, ex-responsável pelas investigações na primeira instância e futuro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL). “Ela continua seguindo o padrão Moro: prende primeiro para explicar depois”, afirmou. Em fevereiro deste ano, o ex-governador da Bahia foi alvo da Polícia Federal na Cartão Vermelho,  também no âmbito da Lava Jato.

Questionado pelo bahia.ba sobre a Operação Sem Fundos — deflagrada na manhã desta sexta na Bahia, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro — Wagner disse:  “Só sei o que passou na imprensa até agora, que teria uma investigação de um superfaturamento naquele prédio do Itaigara. Tem que esperar para saber o que vai ser”.

Quanto ao perfil da substituta de Moro na força-tarefa, o ex-governador respondeu que não iria fazer julgamentos.” Eu não vou fazer juízo de valor da atuação dela porque essa operação estava preparada anteriormente. Não se faz uma operação da PF da noite para o dia”, declarou.

O futuro senador afirmou, no entanto, estar preocupado com a gestão de Bolsonaro. “É alguém que foi eleito sem ter um projeto de país. Pode ser que esses que estejam atrás dele tenham um projeto, mas é diferente do nosso. Um projeto que fala em acabar com as estatais e que tem alimentamento direto com os Estados Unidos. É um caminhar para trás de 20 ou 30 anos. Acho que ele [Bolsonaro] está querendo mostrar serviço para os de fora”, avaliou o petista.

Bahia.ba // AO