Política

Otto Alencar cobra punição a Bolsonaro por declarações sobre "Kit Covid"

Para Alencar, as evidências de um estudo da LLYC, poderão servir de base para a responsabilização de Bolsonaro por infração de medida sanitária preventiva, crime previsto no artigo 268 do Código Penal

Mateus Pereira/GOVBA
Mateus Pereira/GOVBA

O senador baiano Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Covid, cobrou, nesse domingo (1), que o presidente Jair Bolsonaro fosse penalizado pelo estímulo do tratamento precoce da doença ao longo da pandemia. 

Para Alencar, as evidências de um estudo da LLYC, que aponta Bolsonaro como o principal influenciador no apoio ao 'kit Covid' nas redes sociais no primeiro ano da crise sanitária, poderão servir de base para a responsabilização de Bolsonaro por infração de medida sanitária preventiva, crime previsto no artigo 268 do Código Penal. "O Bolsonaro foi convencido por aquele gabinete paralelo e outros conselheiros não médicos de que a hidroxicloroquina funcionava, o que é absurdo. Ele defendeu isso e não quis recuar disso. Até hoje seus seguidores radicais acreditam nisso. Todos estudos foram feitos e a hirdoxicloroquina não tem eficácia", afirmou o senador. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já se posicionou contrária ao uso desse medicamento, afirmando que a cloroquina e outros remédios defendidos pelo presidente não têm respaldo científico contra o novo coronavírus.

Segundo o estudo base da LLYC, foram rastreadas cerca de 20 milhões de menções à cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no Twitter e 1,85 milhão de contas foram analisadas pela consultoria. Por meio de um algoritmo, definiram os perfis como favoráveis, contrários ou neutro em relação ao tratamento precoce. A conclusão é que entre março e abril, e também entre agosto e dezembro de 2020, Bolsonaro foi o grande influenciador.