O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na manhã desta segunda-feira (1º), para acertar os detalhes da votação da reforma da Previdência ainda neste semestre.
Segundo Onyx, ele, Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), e o secretário especial da Previdência, Rogério Marino, preparam o cronograma das próximas semanas no Congresso.
"Estamos preparando as próximas duas semanas que serão decisivas para a Previdência", disse o ministro ao blog.
Maia afirmou à reportagem que a ideia é discutir quais destaques poderão ser apresentados ao relatório na comissão especial que podem levar ao adiamento da votação.
Uma das preocupações é com o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que estuda sugerir uma alteração para atender à bancada da bala. A ordem na cúpula do PSL é não apresentar destaques na comissão, mas a decisão sairá apenas em reunião do partido, prevista para esta segunda-feira (1º).
O presidente do PSL, Luciano Bivar, disse ao blog que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com parlamentares sobre um destaque para igualar as regras de agentes policiais aos militares mas que, em seguida, foi procurado por deputados preocupados com repercussão da proposta entre outras legendas.
"Porque aí me disseram: 'vai ter partido A que vai querer propor algo para professor, para diferentes categorias… E vai atrasar'. Então, se for para prejudicar a reforma, eu disse que é melhor não destacar e depois, ao longo da legislatura, a gente vê como compensar os agentes", afirmou Bivar.
Nesta segunda-feira, Maia, Onyx e Marinho vão mapear quais outros partidos podem sugerir alterações no texto que arraste a votação por mais alguns dias.
Maia busca um acordo com líderes dos partidos a favor da reforma da Previdência para que não haja destaques no relatório e, assim, o cronograma de votação na comissão especial nesta semana seja cumprido.
Saída
O ministro Onyx negou que esteja de saída do governo, após informações de bastidores de que ele havia perdido espaço na articulação política com a troca do ministro Santos Cruz pelo general Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo da Presidência da República.
Perguntado se ele tem intenção de sair do governo, Onyx respondeu: "Isto é uma maluquice sem nenhum fundamento".
G1 // AO