A deputada estadual Olívia Santana se pronunciou acerca do episódio de aconteceu na manhã deste domingo (30) de eleição. Na ocasião, a parlamentar brigou com policiais militares após ela e militantes serem impedidos de balançar uma bandeira em apoio ao PT em frente a um colégio.
“Me dirigi com a minha família, minha mãe de 88 anos, meu sobrinho de oito anos de idade, minha irmã e a militância. Eu fui votar e fui recebida com muito carinho e com muito amor pela nossa militância”, começou, relembrando o momento em que foi recebida por apoiadores.
Segundo Olívia, os policiais chegaram de repente, dizendo que dariam voz de prisão aos presentes. “Uma ira, uma raiva, uma coisa absolutamente inexplicável. No primeiro momento eu achei que ele ia se conter”, lembrou.
Ao ser surpreendida, Olívia afirma que tentou dialogar com os PM’s e entender o que estava acontecendo. “Olha amigo, calma, eu não tô vendo nada acontecer aqui que dê razão a você dizer que vai dar voz de prisão pra gente. Essa aqui é uma militância. Você conhece a legislação? Eu também conheço. A legislação impede as manifestações dentro do local de votação. Essas pessoas estão do lado de fora. Eu acompanhei Jerônimo no voto, estava lá o grupo do 13, o grupo do 44, em todos os colégios eleitorais. É a festa democrática, a militância nas ruas porque a gente tem um confronto de ideias, mas tem um limite do respeito”, disse para os militares, segundo seu relato.
A discussão continuou e Olívia disse que a atitude deles se assemelha a do presidente Jair Bolsonaro (PL). “A gente discutiu ao ponto de eu dizer a ele: “Você está com uma atitude que parece até de um bolsonarista”, disse a deputada. “Eu sou bolsonarista porque eu não voto em ladrão?”, questionou o PM.
Neste momento, Olívia teria perguntado a quem ele estava se referindo e um deles disse que falavam sobre o então candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É ladrão, é marginal, nós somos policiais, não votamos em marginal, não votamos em ladrão”.
De acordo com o relato, os policiais manifestaram a opinião política, defendendo a liberdade de expressão. “Você está usando a farda, está em serviço, então não tem essa de liberdade de expressão, você tem que respeitar o meu direito. É um direito de todo o povo baiano”, continuou a deputada.
Saindo do local, Olívia disse ter ligado para o Coronel Coutinho, presidente do CNCG para reclamar sobre o abuso sofrido e em seguida, registrou um boletim de ocorrência. “E realmente fiquei muito indignada com aquela situação. Saí de lá e liguei para o Coronel Coutinho, saí de lá fui na Corregedoria da Polícia Militar e registrei uma denúncia. Essa atitude não é aceitável para os policiais. Policiais, mesmo tendo opinião política, não tem o direito de manifestá-la no sentido de tomar lado de partidarizar, de usar arma e a farda para violar direito”, disparou.