Política

Olivia pondera mudança nos abadás das Muquiranas: "é insuficiente"

Em conversa com o Portal Salvador FM, a aprovação do projeto vai contribuir para evitar a violação dos direitos da mulher. 

Diego Vieira
Diego Vieira

Na pauta de votação da Assembleia Legislativa da Bahia, desta quarta-feira (26), o projeto de lei que proíbe o uso das pistolas d’água no Carnaval de Salvador, foi defendido, mais uma vez, pela autora da matéria, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB). Em conversa com o Portal Salvador FM, a aprovação do projeto vai contribuir para evitar a violação dos direitos da mulher. 

“O cumprimento da lei que proibirá o uso do artefato, das pistolas de jato d'água, já vai causar uma situação muito mais positiva no carnaval da Bahia. Isso vai ajudar a reduzir, em muito, essas violações de direitos que a gente vinha acompanhando até aqui. As pistolas vistas por alguns como instrumento de brincadeira, na verdade virou um instrumento de violação de direitos das mulheres, da população LGBT, que vão para festa curtir e brincar e de repente recebe um jato d’água e acaba gerando um conflito como a gente viu aquela cena terrível na terça-feira de Carnaval, quando uma mulher no centro de uma roda de homens sendo molestada com aqueles jatos d’água”, contou.

Nesta terça-feira (25), o diretor do bloco As Muquiranas, Washington Paganelli, anunciou que os foliões da agremiação passarão a ter fantasias numeradas para facilitar identificação em casos de violência contra a mulher durante o carnaval. 
Olívia ponderou a decisão. “Isso ajuda, mas ajuda mais, não ter as pistolas. Porque são essas pistolas que tem sido usadas para fazer as coisas que a gente já viu acontecer. Pra molhar mulheres. Pra assediar mulheres, com jato d’água, às vezes até com xixi. Então é um negócio que não cabe mais. Acho que a enumeração dos foliões vai garantir a responsabilização individualizada, caso alguém cometa algum ilícito, mas é insuficiente, é preciso retirar as pistolas d’água”, defendeu.