Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que avisou a “várias pessoas que transitavam ao redor dela (Dilma Rousseff)” sobre a “contaminação” de pagamentos legais feitos para a campanha de 2014. Entre estas pessoas, Marcelo citou o ex-governador da Bahia e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner.
“Aí, quando a informação veio do depósito de Paulo Roberto, eu comecei a ter reuniões mais fortes com… aí, eu procurei todas as pessoas que … porque ela é difícil de, às vezes, ser convencida. Aí eu procurei várias pessoas que transitavam ao redor dela – Jacques Wagner, Pimentel, o Gilles, o próprio Edinho, o Guido – e alertei desse risco da contaminação, que eu não sabia mensurar ainda, mas tinha”, afirmou em depoimento ao ministro Herman Benjamin, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. A “contaminação” que Marcelo Odebrecht se refere são pagamento de caixa dois por meio de contas usadas pela empresa para pagar apenas “caixa um”.
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