Política

Odebrecht diz que pediu a assessor de Dilma para libertar presos da Lava Jato

Em depoimento, Marcelo Odebrecht disse que objetivo era evitar delações de executivos de OAS e UTC, mas 'não foi feito nada relativo a isso'

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O empresário Marcelo Odebrecht afirmou em depoimento que procurou Giles Azevedo, ex-assessor especial de Dilma Rousseff, e Sigmaringa Seixas, espécie de conselheiro informal da ex-presidente, para pedir ajuda do governo para libertar executivos das empreiteiras OAS e UTC presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo Odebrecht, porém, "não foi feito nada relativo a isso".

Procurado pelo G1, Giles Azevedo informou que "nunca" tratou do assunto com o empresário e, portanto, jamais teve algum tipo de atuação nese sentido. O G1 buscava contato com Sigmaringa Seixas até a última atualização desta reportagem.

Marcelo Odebrecht deu a informação ao Ministério Público Federal ao prestar depoimento no acordo de delação premiada e informou que o objetivo era evitar que esses executivos das construtoras assinassem acordo de colaboração com os investigadores da Lava Jato.

"Teve uma questão logo no início [da Lava Jato] que a gente procurou o Giles [Azevedo] e Sigmaringa Seixas para alertar eles: 'Olha, o pessoal da OAS e UTC está preso, se vocês não encontrarem uma maneira de ajudar na libertação deles, os caras vão acabar fazendo delação", relata Odebrecht aos investigadores.

Em seguida, Marcelo Odebrecht acrescentou: "Que eu saiba, não foi feito nada relativo a isso, mas eu fiz questão de registrar que teve esse encontro".

(G1) (AF)