A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não tem uma posição fechada sobre o apoio a um eventual pedido de impeachment da presidenta Dilma Rouseff.
Na última sexta-feira (27/11), uma comissão formada por cinco conselheiros da Ordem emitiu parecer contrário ao impeachment, mas hoje (1/12) o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, disse que será recomendado ao Conselho Federal que aprecie a análise do pedido de impeachment, bem como a rejeição das contas do governo de 2014 no Tribunal de Contas da União (TCU).
Para os dirigentes da Ordem, a entidade deve se debruçar também sobre outros fatos, como a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado.
“O Conselho Federal é a instância máxima de decisão da OAB. Tenho convicção de que o colegiado tomará a decisão mais sábia sobre este grave assunto”, disse Marcus Vinícius.
Para o presidente da Seção da OAB no Paraná, Juliano Breda, a entidade não deve levar em conta apenas a recomendação da rejeição das contas feita pelo TCU.
“Estaríamos deliberando em pouca parte do cenário todo. Entendo que a crise política tomou proporção gigantesca”, destacou Breda.
Já Marcos da Costa, presidente da Seção da OAB em São Paulo, ressaltou que a sociedade espera que a Ordem debata o tema com a grandeza e a dimensão necessárias.
A reunião do Conselho Federal da OAB que vai decidir se amplia a análise da questão do impeachment será às 16h30 em Brasília.
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