Política

OAB-BA: Gamil Föppel questiona falta de transparência em atual gestão

Para Gamil, falta transparência na gestão baiana, e busca a renovação no novo candidato que será eleito nesta quarta (24)

Juliana Nobre / LDNotícias
Juliana Nobre / LDNotícias

O advogado criminalista Gamil Föppel afirmou que sua questão com o atual vice-presidente da OAB nacional, Luiz Viana, é institucional e não pessoal. Para Gamil, que tentou se eleger em 2018, falta transparência na gestão baiana, e busca a renovação no novo candidato. As afirmativas foram dadas ao LDNotícias, durante a votação da seção Bahia, que ocorre nesta quarta-feira (24).

“Eu nunca gosto de discutir as coisas a partir de nomes, para mim o problema não é a pessoa A, B ou C, a questão é institucional. Já não é de hoje que eu falo que a OAB da Bahia, principalmente, peca por falta de transparência, é um absurdo que não exista transparência absoluta nos gastos com as contas. É uma questão de consciência de cada um. Em um momento de crise, de pandemia, a advocacia está tão desgastada, e a CAAB faz uma convocação, por exemplo, para doar cestas básicas para os colegas, e condiciona a ação ao fato de estar adimplente. Pelo amor de Deus, se alguém pede uma cesta básica é porque está precisando”, explica sem citar nomes.

O vice-presidente nacional da OAB e candidato ao conselho federal pela chapa de Daniela Borges, Luiz Viana, assumiu que recebe R$ 8 mil mensais da Ordem para pagar sua moradia em Brasília. A denúncia foi feita pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Gamil segue alegando que o grupo que gerenciou a OAB nos últimos anos, criou uma divisão entre “nós e eles”. “Uma das minhas críticas à gestão deste grupo, para além, deles criarem uma dicotomia, não podendo dar aula na escola superior de advocacia quem não beija as mãos do presidente, por exemplo. Mas uma das minhas maiores críticas é a absoluta falta de transparência. Não coloco em jogo a credibilidade de ninguém, não é isso, a minha divergência é no campo das ideias, não no campo pessoal”, disse ao site.

“Um exemplo, são os procuradores de prerrogativas remunerados sem concurso, por que não se pode fazer concurso? Perguntei na eleição passada ao doutor Fabrício Oliveira, quando fui candidato, qual o critério de contratação, e ele me disse que apenas uma entrevista com o departamento de pessoal. Me parece que um salário de R$ 6 mil, para trabalhar 6h por dia, com uma legião de pessoas querendo ocupar o cargo, e que deveria ser decidido com um critério meritocrático, imparcialidade e isonomia”, complementa. 

Gamil Föppel afirma que a OAB é importante para toda a sociedade civil. Pontuando ainda que o setor nunca esteve tão abandonado, citando o desgaste do grupo que está há cerca de 12 anos no poder. 

“A OAB é importante não só para os próprios advogados (as), mas é importante para a sociedade civil, porque há diversas atribuições, missões e condicionais que são atribuídas à ordem, então hoje é um dia muito importante para a advocacia da Bahia. A advocacia nunca esteve tão abandonada, e foi potencializado pelas omissões da OAB durante a pandemia, e  a gente espera que de uma vez por todas a classe entenda que o grupo desgastado que está no poder há 12 anos, se tinha alguma contribuição para dar, já deu, e precisamos renovar a OAB, e mostrar que não tem dono”, finaliza.