Política

'O PSD da Bahia também vota com Bolsonaro', dispara Cajado

Deputado cutucou o outro partido que formava até então com o Progressistas e o PT, o "teodolito", como costumava chamar o vice-governador João Leão (PP)

Vagner Souza /Salvador FM
Vagner Souza /Salvador FM

Nomeado recentemente presidente nacional do PP, após licença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o deputado federal Cláudio Cajado (PP) respondeu à associação do partido ao governo Bolsonaro. Até poucos dias, a sigla apoiava o governo Rui Costa (PT) na Bahia, mas deu uma guinada à direita e decidiu se aliar ao grupo de ACM Neto, do União Brasil (UB).

Em conversa com a imprensa, durante participação no evento de anúncio da migração do PP para a base de Neto, Cajado disparou sobre o PSD, outro partido que formava até então com o Progressistas e o PT, o "teodolito", como costumava chamar o vice-governador João Leão (PP).

"Se você for ver, o líder do PSD nacional é baiano e orienta votações a favor do governo Bolsonaro. Há, dentro do PSD, deputados que apoiam claramente Bolsonaro. Tem Otto, claro, que sempre foi contra, mas no conjunto, o partido nunca se posicionou em oposição a Bolsonaro", ponderou.

"Querer taxar o PP de bolsonarista e dizer que o PSD da Bahia não é, é uma mentira", completou Cajado, ao ser provocado se agora estaria mais confortável em estar do lado de ACM Neto e não mais como "Bolso-Rui".

Segundo Cajado, a tendência do PP de ser governista molda o posicionamento do partido e as articulações, em busca de um meio-termo que sirva para levar progresso ao estado da Bahia.

"Ser 'bolso-rui' ou 'bolso-neto' é uma conjuntura política que nos favorece. Somos um partido de centro, que não tem peso para esquerda ou direita. Ele é justamente o equilíbrio das forças que trazem desenvolvimento e progresso à Bahia. Posso dizer, claramente, que o apoio do PP ao longo dos anos construiu um projeto vitorioso, mas que esse ano vamos ver o peso de cada partido", analisou.