Na década 80, Carlos Roberto Cortegoso era um cara humilde. Trabalhava como garçom no restaurante “São Judas Tadeu – Demarchi”, estrela da rota do frango com polenta do ABC Paulista.
Um belo dia, ao contrário da maioria dos colegas de profissão, Cortegoso encontrou a sorte grande. De bandeja, o garçom ganhou sua mega sena particular: conheceu o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista se apiedou daquele que o servia regularmente com contagiante bom humor e arrumou uma boquinha no Partido dos Trabalhadores para ele.
A partir daí, sua vida virou do avesso. A conta bancária, hoje rechonchuda, aumentou proporcionalmente à mudança de personalidade.
A conta bancária, hoje rechonchuda, aumentou proporcionalmente à mudança de personalidade. Hoje, Cortegoso anda de Porsche, como se nota na foto acima. Por ser o proprietário da Focal, gráfica de fachada que recebeu R$ 24 milhões da campanha de Dilma, mas não conseguiu declarar os serviços prestados durante perícia do TSE, Cortegoso está encrencadíssimo na Justiça Eleitoral.
O ex-garçom do petista também encontra-se enredado na operação da Polícia Federal, que apura um esquema de desvio de recursos no Ministério do Planejamento por meio de empréstimos consignados. A humildade do passado espatifou no chão como copos e pratos mal equilibrados.
Ao ser procurado por ISTOÉ, disparou, em tom esnobe: “Me caracterizaram como ‘garçom do Lula’. É que o repórter precisa do estereótipo para ficar engraçado, para vender mais. Eu entendo. Tem cara que tem que limpar banheiro cheio de m*, tem cara que dá o c*. E tem cara que tem de criar personagem. Porque o empresário perdeu a graça. Então, tem de arrumar um personagem, tipo o mordomo, garçom”.
( ISTOÉ) (AF)