Gustavo Ferraz, ex-coordenador da Defesa Civil de Salvador, e aliado de Geddel Vieira Lima, afirmou à Polícia Federal ter recebido uma mala de dinheiro em um prédio de São Paulo que fica no mesmo bairro de uma empresa de Michel Temer e de um escritório do advogado José Yunes, homem de confiança do presidente. Segundo a coluna Poder, da Folha, no depoimento dado aos investigadores, porém, ele disse não se recordar de valores, do local exato ou da feição detalhada da pessoa que lhe repassou o dinheiro.
Ferraz foi preso após a apreensão dos R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador que pertence a Geddel. A polícia encontrou a digital de ambos em plásticos que envolviam o dinheiro.
Ainda segundo a coluna, o depoimento foi dado em 8 de setembro, no mesmo dia em que ele foi preso. Ferraz, que afirmou estar disposto a colaborar com os investigadores, admitiu ter ido buscar valores para o ex-ministro. Ele contou para a polícia que, por orientação de Geddel, que se encontrou com um homem “moreno” num local que a polícia suspeita que seja o Hotel Clarion Faria Lima, na rua Jerônimo da Veiga, no bairro do Jardins.
Na mesma data desse suposto encontro, os investigadores identificaram registro da presença neste hotel de Altair Alves, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba.
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