Em um depoimento curto ao juiz federal Sérgio Moro na manhã desta segunda-feira (13), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, afirmou que “nunca” participação de discussões sobre cargos na Petrobras, estatal que foi usada por políticos para desviar recursos públicos, segundo os investigações da Lava Jato. O testemunho do petista foi feito por videoconferência, em Salvador.
“Nunca participei diretamente de discussões de cargos na Petrobras, porque quando assumi o ministério [das Relações Institucionais], a diretoria já estava montada”, disse Wagner, embora tenha ressaltado que participou do conselho administrativo do órgão até 2006.
No depoimento, que durou menos de 15 minutos, Wagner diz “desconhecer” uso de recursos ilegais para manter a base do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso (PT). O ex-comandante do Palácio do Planalto chegou a ter 376 dos 417 deputados federais, o que equivale a 73%.
Segundo Wagner, o acréscimo da base se deveu aos interesses deputados e lideranças de participar do governo. “Há uma lógica dos deputados que é de atender suas bases, depende de obras e de serviço do Estado e da União”, asseverou.
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