Política

No rastro da Covid, a campanha 2020 dispara em judicialização, diz especialista em direito eleitoral

Eu mesmo já fiz aqui várias defesas. Tem gente que está acusando até nota de esclarecimento como propaganda,afirma Ademir Ismerim

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Ismerin: ‘Se a judicialização vai aumentar? Tenho certeza’ | Foto: Gilberto Junior | Ag. A TARDE - Foto: Gilberto Junior | Ag. A TARDE

Advogado especialista em direito eleitoral, Ademir Ismerin

 

Até se pensou que os prefeitos em busca da reeleição (na Bahia 344 entre 345 aptos, dos 417), ou os que estão encerrando mandato querendo fazer sucessor, iam surfar em brancas nuvens com o dinheiro farto e liberdade de ação em nome do combate à Covid.

A vantagem dos prefeitos é tão visível que nenhum, nos quatro cantos do Brasil, está reclamando da falta de dinheiro na pandemia, mas no lado político não é bem um paraíso que eles desfrutam, pelo contrário, as denúncias, justas ou não, com fakes e o escambau, proliferam e a judicialização disparou.

O advogado Ademir Ismerin, especialista em direito eleitoral, carimba a tese:

– Se a judicialização vai ser maior? Eu tenho certeza. Eu mesmo já fiz aqui várias defesas. Tem gente que está acusando até nota de esclarecimento como propaganda.

Tiroteio— Ismerin ressalta que o limite entre uma informação objetiva e o que pode ser qualificado como propaganda é muito tênue.

Ele cita também que o uso das redes sociais, a mídia privada, que é permitida, só proíbe pedir voto, mas os processos na área se sucedem:

– É do jogo político, guerra é guerra, e na nossa, da cabeça pra baixo é canela.

Segundo Ismerin, agora começa a correr o prazo de cinco dias para a impugnação de candidaturas, o que já vai demandar outra leva de processos. Depois vem a campanha propriamente dita. E a partir daí vira guerra total.

 

A Tarde /// Figueiredo