Política

No primeiro dia de trabalho, Doria posa de gari e Crivella doa sangue

Novos prefeitos das duas maiores cidades do país tentam passar imagem de mudança e recomeço em seus primeiros compromissos oficiais no cargo

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No primeiro compromisso como prefeito, Doria vestiu uniforme da limpeza urbana e Crivella doou sangueOs prefeitos das duas maiores cidades do país apostaram em ações de marketing em suas primeiras horas de trabalho no comando de seus respectivos municípios.

Foram as primeiras promessas cumpridas por João Doria (PSDB), novo prefeito de São Paulo, e Marcelo Crivella (PRB), novo comandante do Rio. Doria se vestiu de gari e foi até o centro da capital paulista, na Praça 14 Bis, perto da Avenida Paulista, para lançar um programa de limpeza e zeladoria urbana batizado de Cidade Linda. O tucano só pegou na vassoura para posar diante de fotógrafos e cinegrafistas.  Mas o local e os arredores já haviam recebido uma limpeza na madrugada, antes da chegada do tucano.  A rua chegou a ser lavada. Ele disse que participará da limpeza todas as semanas ao longo dos quatro anos de mandato. “Podem anotar, registrar. E olha, acordem cedo”, declarou aos jornalistas. O prefeito também prometeu que sua administração vai cuidar com “humanidade” dos moradores de rua. Doria permaneceu na praça por pouco mais de uma hora (entre as 5h50 e as 7h05), tempo quase todo utilizado por ele para dar entrevista.

Saúde

Ao doar sangue, Crivella se comprometeu a negociar com planos de saúde e a municipalizar UPAs

Já Marcelo Crivella foi até o Hemorio, no centro da capital fluminense, para doar sangue. Crivella, familiares, secretários e assessores visitaram a unidade, passaram pelos procedimentos de triagem, coleta e pós-atendimento. Em sua posse, nesse domingo (2), ele adiantou que a doação de sangue seria seu primeiro ato como prefeito do Rio. “Uma cidade é tão desenvolvida quanto o seu nível de solidariedade”, disse o novo prefeito. Dos 12 secretários convocados por ele, apenas dois compareceram. Crivella se comprometeu a negociar com os planos de saúde, que têm dívidas de cerca de R$ 500 milhões com a prefeitura. “Chegou a hora de a gente chamar o Ministério Público, o Tribunal de Contas e fazer um acerto de contas. Se eles não podem pagar tudo, que nos ajudem em consultas com especialistas, exames e cirurgias de baixa complexidade”, defendeu. A dívida se refere ao montante devido pelos planos em tributos, especialmente o Imposto sobre Serviços (ISS). Além de negociar com essas empresas, Crivella anunciou que quer municipalizar 16 unidades de pronto-atendimento (UPAs) estaduais.

Reprodução: Congresso em Foco