Política

No penúltimo ano de gestão, Elinaldo decide vender 130 mil m² de área pública da cidade

Um levantamento do IBGE, no entanto, divulgado na semana passada, mostrou que Camaçari é a quinta cidade mais rica do Nordeste, ficando à frente de capitais como Natal e Aracaju. Em 2023, Camaçari deve ter mais de 2 bilhões de reais de receita

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No seu penúltimo ano de gestão, o prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, quer vender 14 áreas públicas da cidade. O gestor enviou à Câmara um Projeto de Lei pedindo autorização para fazer o leilão dos terrenos. 

Somadas, as áreas públicas que podem ser vendidas pelo município tem extensão de mais de 130 mil metros quadrados. 

Apenas um dos terrenos, localizado em Guarajuba, tem 74 mil metros quadrados. No projeto, ele é chamado de "Área Institucional Alphaville Guarajuba". Há ainda grandes lotes na sede e na orla da cidade, como em Jacuípe, por exemplo, e Jauá. 

Na justificativa do projeto, o prefeito afirma que há a "necessidade de arrecadação diante do quadro atual que vivemos, pois com a pandemia a receita do município diminuiu". 

Um levantamento do IBGE, no entanto, divulgado na semana passada, mostrou que Camaçari é a quinta cidade mais rica do Nordeste, ficando à frente de capitais como Natal e Aracaju. Em 2023, Camaçari deve ter mais de 2 bilhões de reais de receita

"É mais um absurdo com que o prefeito Elinaldo trata a cidade. Encaminhou um projeto para a Câmara no apagar das luzes do seu governo para leiloar 14 áreas públicas da cidade. Uma dessas áreas é o camelódromo, que está abandonado pela gestão. São áreas importantes no território de Camaçari, esse é o método do grupo, de entregar áreas públicas ao privado a preço de banana", disse o vereador Tágner Cerqueira. 

O prefeito pediu urgência para aprovação da matéria no parlamento municipal.