O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou hoje (15) estado de "emergência econômica" por 60 dias por causa da crise econômica e política que o país atravessa. A informação é do Boletim Oficial do Estado venezuelano.
O novo ministro da Economia da Venezuela, Luis Salas, nomeado por Nicolás Maduro após as eleições de dezembro, organizará uma coletiva para detalhar as medidas do decreto, que ainda não foram divulgadas.
Cumprindo uma exigência da Constituição venezuelana para todos os meses de janeiro, Maduro irá à Assembleia Nacional esta noite para explicar aos deputados as linhas de sua política. O presidente deverá também apresentar mais informações sobre a decisão.
Maduro enfrentará um parlamento hostil, dominado por opositores, que deram seis meses para a queda do presidente.
Reunidos na coligação Mesa da Unidade Democrática (MUD), os partidos que se opunham a Hugo Chávez obtiveram uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares de 6 de dezembro, conquistando 112 dos 167 assentos parlamentares.
Um dia após as eleições, Maduro anunciou que apresentaria um plano de emergência econômica para o país, onde os problemas cotidianos de escassez e a inflação galopante (200%, segundo especialistas) desencadearam um descontentamento popular que beneficiou a oposição.
A Venezuela tem uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, mas sua economia entrou em queda acentuada nos últimos meses devido à baixa do preço do petróleo.