Com uma população superior a 3,6 milhões de pessoas, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) fechou a lista dos seus 13 prefeitos após a eleição de Luiz Caetano (PT) em Camaçari – em uma disputa acirrada, o petista bateu, nas urnas, o candidato Flávio Matos (União), em 2º turno, e garantiu o quarto mandato no Executivo municipal.
Há quem diga que essa disputa na RMS, a oitava maior do país, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pode contribuir como termômetro para as eleições ao Governo da Bahia, em 2026, que podem novamente colocar à frente o então candidato Jerônimo Rodrigues (PT) e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União).
Em 2022, petista e o membro do União levaram o pleito para o segundo turno – o que não acontecia desde 1994. Na ocasião, Jerônimo teve uma porcentagem de 52,79%, contra 47,21% de ACM Neto – uma diferença de 473.441 sufrágios a favor do petista.
Nas eleições municipais deste ano, levando em conta toda a Bahia, o grupo aliado a Jerônimo conquistou 300 cidades, contra pouco mais de 100 dos que dão suporte ACM Neto. A conta, no entanto, pode ser analisada por um outro viés, a depender da população dessas cidades.
Na RMS, por exemplo, o grupo ligado a Jerônimo vai comandar uma população de 358.936 pessoas, uma vez que candidatos apoiados por ele venceram em Camaçari (Luiz Caetano, PT), Itaparica (Zezinho, PSD), Pojuca (Luizinho Trinchão, PSD) e Madre de Deus (Dailton Filho, PSB).
Por outro lado, ACM Neto viu resultados positivos em outras oito cidades da RMS e verá aliados gerirem uma população superior a 3 milhões de pessoas. As vitórias ocorreram em: Salvador (Bruno Reis, União), Lauro de Freitas (Débora Régis, União), Simões Filho (Del, União),
Candeias (Eriton Ramos, PP), Dias d’Ávila (Alberto Castro, PSDB), São Francisco do Conde (Calmon, PP), Mata de São João (Bira da Barraca, União) e Vera Cruz (Igor Pinho, MDB).
Já São Sebastião do Passé, a 13ª cidade desta lista, é um caso a parte. Por lá, a eleita foi Nilza da Mata (PSD). Ela não contou com o apoio de ACM Neto, tampouco de Jerônimo Rodrigues (PT), que lançou a candidatura derrotada de Ângelo Santana (PT).