Política

Neto se anima com possibilidade da prefeitura se mudar para Palácio Rio Branco

A sugestão dada pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco, para uma possível transferência da sede prefeitura de Salvador para o Palácio Rio Branco

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Neto se anima com possibilidade da prefeitura se mudar para Palácio Rio Branco

A sugestão dada pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco, para uma possível transferência da sede prefeitura de Salvador para o Palácio Rio Branco animou o prefeito ACM Neto (DEM). Por uma decisão judicial, o atual prédio do Palácio Tomé de Souza deve ser desmontado.

“Se o governo cedesse, claro que sim [concordaria]”, resumiu Neto, em rápido contato com a reportagem do Bahia Notícias.

Embora haja a manifestação de Tinoco e Neto para que o tradicional prédio histórico abrigue a administração municipal a partir de 2020, outra estrutura é prevista para receber a prefeitura de Salvador. A Fundação Mário Leal Ferreira realiza atualmente um estudo de viabilidade para mudar a sede municipal para um prédio ao lado, onde atualmente funciona uma agência do banco Bradesco. Segundo a presidente da fundação, Tânia Scofield, os estudos seguem em andamento. “Nós estamos fazendo ainda os primeiros estudos para ver se é viável”, explicou.

Atualmente, o Palácio Rio Branco abriga a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) e um memorial dos governadores. O prédio pertence ao governo do estado e, atualmente, tem futuro indefinido. Fora dos interesses do Poder Público, a iniciativa privada também já demonstrou interesse em adquirir a estrutura.

A história do palácio se confunde com a própria biografia soteropolitana. Construído em 1549, mesmo ano da fundação de Salvador, ele foi edificado a mando de Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil, e foi arquitetado por Luiz Dias. O prédio servia como morada oficial dos governadores-gerais e vice-reis.

Em 1763, com a transferência da capital do país transferida para o Rio de Janeiro, o Palácio Rio Branco transformou-se oficialmente em sede do governo da capitania da Bahia, e até 1880 também servia como residência do governador.

O nome oficial de Palácio Rio Branco veio somente em 1919, sob a gestão de José Joaquim Seabra. Antes, o prédio recebeu diversos nomes – Casa do Governo, Palácio dos Vice-Reis e Vilhena, Palácio do Governo da Bahia, etc.

A história do Palácio Rio Branco de abrigo à gestão pública teve fim em 1979, quando a sede do governo foi transferida para o Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Agencia Brasil // AO