O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), afirmou que as críticas feitas ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) são construtivas e feitas com o objetivo que a atual gestão possa melhorar. Segundo o candidato derrotado nas eleições ao Governo da Bahia em 2022, a atual administração protagoniza o pior momento entre os 17 anos dos governos do PT no estado.
“Acho que o primeiro ano do governo de Jerônimo foi muito abaixo da expectativa do povo baiano. Foi o pior ano entre todos esses 17 que o PT governa a Bahia. As áreas essenciais para os baianos nada mudou, ao contrário, as coisas pioraram”, disse Neto, na segunda-feira (29), durante a entrega da Casa das Histórias de Salvador e Arquivo Público, no bairro do Comércio.
“A gente teve um governador que sequer consegue encarar os problemas, que quando as coisas apertam ele se esconde. Eu acho Bahia merecia muito mais que Jerônimo vem entregando, e ainda pode melhorar, tem tempo para isso”, completou.
Desconhecimento
Após a repercussão das falas de Neto, o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, reagiu, afirmando que o ex-prefeito da capital baiana ainda não superou a derrota nas urnas e desconhece o próprio estado para fazer críticas, segundo o dirigente, infundadas.
“O candidato derrotado segue cometendo um erro político primário que é ‘zerar’ os governos do PT. Fez isso na campanha passada e segue, talvez por dor de cotovelo, fazendo com Jerônimo. Não é esse o sentimento da população. A sociedade baiana reconhece o trabalho dos governos do PT e os avanços que a Bahia conquistou nesse período. Tanto que elegeu nossos governadores cinco vezes seguidas. Mas não vamos ensinar a ele como fazer oposição. Vamos seguir trabalhando”, disse Éden.
Para ele, Jerônimo não apenas manteve como acelerou o ritmo de trabalho imposto pelos antecessores no Palácio de Ondina. “Há uma Bahia real, que acompanha e aprova o trabalho de Jerônimo; e outra na cabeça de Neto, que não conhece o nosso Estado, onde nada presta, nada está bom. Nós vamos seguir trabalhando, pois é o bem-estar e a opinião do povo que nos importa, não a dor de cotovelo do candidato derrotado”, finalizou o presidente do PT na Bahia.