Política

Neto defende tese de que eleição estadual não será nacionalizada

Segundo ele, será possível governar a Bahia, com qualquer candidato que seja eleito como chefe do Executivo.

Gilberto Júnior
Gilberto Júnior

O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, diz não ter dúvidas que no ano que vem existirão dois processos eleitorais distintos, para presidente e para governador. Segundo ele, será possível governar a Bahia, com qualquer candidato que seja eleito como chefe do Executivo. 

“Não tenho dúvida que condições para 2022 vão levar a dois processos distintos: escolha presidencial e eleição para governador. O quase de 2018 pra cá mudou, a política nacional ficou embaralhada para todos os lados. Tem essa discussão pra onde vai ou não Bolsonaro. O PP é um dos partidos mais importantes da base, lá em Brasília é governo e aqui está com o PT. Isso é mais mostrar como a política está embaralhada. Isso não é um quadro vertical. Você tem fatores que influenciam a política nacional que são certos fatores”, pontuou em coletiva de imprensa.

O ex-prefeito de Salvador diz estar “convencido que o processo de escolha do governador será local. Tenho tranquilidade de afirmar que vou governar com qualquer presidente que o país escolha. Eu governei com 2 governadores do PT, três presidentes da república – Dilma, Temer e Bolsonaro”.

Em suas apostas sobre a corrida eleitoral do ano que vem à presidência, ACM Neto acredita que o atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem um grande potencial contra João Dória (PSDB), governador de São Paulo, ponderando sua “agregação política”.

“Não tenho dúvida que Leite é muito melhor [que João Dória], vejo nele mais agregação política, tem um perfil que pode animar muito mais do que o governador de São Paulo. Não posso me envolver, pois não é processo do meu partido”. 

Neto também afirmou ter uma boa relação com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, confirmando que em 2002, seu voto foi para ele. "Tenho uma relação com Ciro muito boa, de construção histórica de muitos anos. Fiz lembrança de 2002, meu voto foi pra ele, diálogo sobre questões do Brasil como diálogo com várias figuras”.