Política

‘Não vejo credencial no ex-prefeito para falar de segurança’, afronta Jaques Wagner

O senador afirma ainda que não há “varinha de condão” para combater a violência

Divulgação
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O senador Jaques Wagner (PT) assume que a segurança do estado da Bahia passa por dificuldades, mas diz que não vê credencial no ex-prefeito ACM Neto (DEM) para opinar sobre o assunto. A declaração foi feita na manhã deste sábado (16), em entrevista coletiva. 

“Eu não vejo muita credencial no ex-prefeito para falar de segurança, porque quando eu assumi o governo, em 2006 e eles governavam, é só perguntar aos policiais militares, não tinha arma, não tinha colete à prova de bala”, argumenta o petista sobre época em que era governador. 

O senador aponta ainda o investimento do governo estadual para melhorar a segurança e diz que o gestor está fazendo um bom trabalho. “Rui Costa acabou de fazer uma licitação de 800 milhões de reais, apostando em tecnologia, em reconhecimento facial”, afirma o político. 

Apesar do investimento, Wagner entende a segurança na cidade precisa melhorar. “Se você perguntar se tá bem, não, não tá bem. Eu não conheço nenhum lugar que você possa dizer que a segurança tá bem. O mundo do tráfico toma conta”, continuou. 

O petista afirma que os esforços vão além do governo e que os jovens encontram no tráfico uma possibilidade melhor de crescimento, tendo em vista que muitos chegam a ganhar R$ 7 mil por mês. Além disso, Wagner culpa o comércio de armas pelo crescimento de homicídios. "Os grandes produtores de armas não aceitam colocar chip de GPS nas armas. E poderiam, você saberia o trajeto da arma. Mas ninguém bota porque não interessa pra eles. Pra mim, a questão toda da segurança é muito maior. Não tem ninguém com uma varinha de condão”, afirma o senador. 

Sobre a gestão de Ricardo Mandarino, secretário de Segurança Pública, Jaques Wagner preferiu não avaliar detalhadamente, pois admitiu não acompanhar o dia a dia da gestão. "Muita gente ali é do tempo que eu tava como governador. Eu acho que ele foi trazido porque ele é um cara que tem uma visão mais ampla sobre essa questão de segurança”, conclui.