O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ressaltou que não é candidato ao cargo de presidente da República. “Eu não sou candidato”, disse para jornalistas em Nova York. “Entre a aventura e o risco tem um caminho muito longo para você ser candidato a presidente. Agora, eu analiso cenários. De fato, como eu tenho dito sempre, a eleição no Brasil é uma eleição aberta. Isso gera mais insegurança. Eu não estou preocupado.”
“Talvez se eu estivesse preocupado com eleição eu estaria ouvindo muitos dos meus amigos dizendo que eu não deveria manter a votação da reforma da Previdência”, ressaltou o presidente da Câmara. “A minha preocupação com as eleições agora é nenhuma.”
Maia esclareceu que tal posição de amigos seus é que eles avaliam que a reforma da Previdência Social é impopular. “É o que muitos acham. Não estou dizendo que eu acho”, ressaltou. “E isso tem impacto no Congresso. Se não tivesse, certamente eu estaria dizendo que a votação em fevereiro seria fácil. Ela não é fácil porque ela tem rejeição.”
Antes, Rodrigo Maia já havia pontuado como “viável” a aprovação da reforma da Previdência em fevereiro pelos parlamentares. “É viável, porque cinco governadores já não pagaram décimo terceiro (salário), e se a situação continuar vai aumentar isso”, destacou.
“A capacidade de investimento dos Estados é muito pequena. A cada três meses aparece algum pleito de governo de Estado tentando aprovar alguma lei para aprovar um fluxo de caixa de curto prazo”, ressaltou. “O que eu tenho dito a eles é que não adianta mais a gente encontrar soluções de curto prazo se nós não reestruturarmos as contas públicas brasileiras.”
Estadão Conteúdo // FA